Não costumo escrever muito sobre música, até porque considero que é uma coisa muito pessoal. Cada um tem os seus estilos preferidos e gostos não se discutem. Mas deste álbum tenho de falar porque é quase um regresso às origens, mas de uma forma diferente. The Hunting Party, fez-me relembrar os primeiros discos da banda. Ao contrário dos últimos álbuns este apresenta um estilo de rock mais pesado, mas sem abusar e sobretudo sem esquecer a essência da banda.
João Ribas, vocalista dos Tara Perdida, deixou o mundo da música portuguesa mais pobre. O sempre jovem músico que nascia a cada concerto morreu hoje aos 48 anos. Até sempre...
Ao que parece a vencedora do festival da canção (Suzy - Quero ser tua (como a lua é do luar)) motivou uma onda de indignação nas redes sociais, tudo porque venceu a edição do presente anos do festival da canção. Sucedem-se as acusações de "vergonha nacional", multiplicam-se páginas de "eu quero que este ou aquele represente Portugl na Eurovisão", especula-se que esta música "não reflete o panorama musical ou cultural português".
Permitam-me discordar.
Tanto o estilo da música como a própria letra refletem todo o panorama musical, cultural e mental português. Para começar, se foi a canção que ganhou é porque houve uma maioria de pessoas a votar na Suzy. Depois, a Suzy são apenas 3 minutos das 5 ou 6 horas de audiência ao domingo nos três principais canais de televisão, e não vejo tanta gente indignada com esses programas. Pode também falar-se nos programas da manhã de segunda a sexta e ao sábado de tarde, ainda assim menos músicais. Não é por se indignarem tanto que vão anular o concurso, até porque muitos dos indignados nem sabia que estava a decorrer o festival da canção, preferindo seguir as novelas da TVI ou SIC, mas apercebendo-se do sucedido quiseram manifestar-se contra (o que não deixa de ser típico). A música da Suzy contém uma (grande) quantidade de erros propositados, como também não deixa de ser comum nas músicas portuguesas dizer-se as maiores barbaridades criando-se letras sem sentido lógico, mas desde qua rime está tudo bem (deixo sobre este ponto um bom esmiuçar da letra).
Finalizando (e aviso antes de mais que eu não gosto da música, nem votei no festival da canção) esta música foi a escolha mais acertada para se levar em representação das cores nacionais à Europa. É isto que se produz em Portugal, é isto que vende em Portugal, é isto que se quer ouvir em Portugal. Então qual é (agora) a grande indignação?
Fado já não se ouve, Rock está muito pesado ou velho, RAP/Hip Hop é dos marginais. O pimba continua a mostar Portugal. O único estilo que assentava melhor seria musica brasileira que é o que passa com mais frequência nas discotecas, mas não se pode limitar a força de uma música cujo principal argumento é "Ua Ua Uê Ua Uê"...
Todos os meses há alguma cois que nos marca, positiva ou negativamente e, em jeitos de recordar o mês que passou - para quem não sabe foi Janeiro - vou deixar aqui aquilo que mais me marcou, usando para isso quatro pontos (que ao longo dos meses podem ir aumentando).
UMA SÉRIE. De entre as muitas séries que sigo, a que mais acompanhei, e mais vi foi sem dúvida "The mentalist", não é do meu tipo de séries favorito, mas esta, por alguma razão, prendeu-me e vou já na temporada 5.
UM FILME. Durante o mês de Janeiro confesso que não vi muitos filmes, mas de entre os poucos que vi aconselho "The wolf of wall street". O filme está muito bom, consegue aliar o crime com a comédia contando, ao mesmo tempo, uma história real. O Leonardo DiCaprio desempenha um papel fantástico e encontro finalmente um filme para o nível de Jonah Hill - que para mim é dos melhores atores de comédia de entre os novos que estão a aparecer.
UMA REALIZAÇÃO. De entre as realizações que tinha (e tenho) previstas para 2014 comecei pela que considero mais fácil de fazer: "escrever um blog". E aqui estou eu Perhaps não são ervilhas!
UMA MÚSICA. Não a conheci apenas em Janeiro, sou fã do grupo e conheço por isso a musica faz muito tempo, mas durante o mês que passou fez-me mais companhia do que o normal, por isso escolho para o primeiro mês do ano 2014: "Stirb nicht vor mir (don't die before i do)" dos Rammstein (Link). É uma música que foge ao estilo do hard rock/metal do grupo mas que resulta muito bem na diferença de vozes.
UM LIVRO. (faltava o mais importante). Recebi no natal e é mais um para juntar à minha já vasta coleção. "O homem de Constantinopla" é uma biografia em romance sobe a vida de Kalouste Gulbenkian. Aliado a uma escrita exímia José Rodrigues dos Santos transporta-nos para uma realidade desconhecida e conta uma história baseada na realidade fugindo ao estilo "seco" que costumam ser as biografias. Falta-me o segundo volume, que não tive ainda oportunidade de comprar (quem quiser pode oferecer).
No final de contas Janeiro não foi um mês de grandes descobertas, mas é de entre as mais pequenas coisas que nascem grandes feitos. Bom Fevereiro para todos!
...Nota... Todas as imagens estão "linkadas" para o endereço de onde foram retiradas.