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Perhaps não são ervilhas!

Se tudo na vida fosse perfeito não havia talvez. E perhaps eram ervilhas...

A propósito dos exames nacionais!

por António, em 17.06.14

Realizou-se esta terça-feira o exame nacional de Língua Portuguesa do 9º ano e como já é comum os jornalistas vão para a porta das escolas saber como correu. 

Geralmente os alunos queixam-se da dificuldade dos exames e que Os Lusíadas ou O Auto da Barca do Inferno são textos muito complicados e que nem deviam estar no programa e tal. Desta vez não houve textos e surpresa das surpresas, os alunos queixaram-se da falta que as obras fazem ao exame. Suponho que faziam questão de interpretar os autores que integram o plano de estudos do 9º ano e foi-lhes negado tal prazeroso deleite!

Por entre as queixas os alunos afirmaram ainda que a gramática era demasiado fácil e segundo afirmou uma das alunas ao JN "estudei bué horas, revi a gramática toda e, afinal, as perguntas eram muito fáceis. Até um aluno do 6.º ano conseguia responder a este exame". E eu que já não conseguia imaginar coisa mais fácil do que o exame do ano que passou.

Ora no meu tempo quando uma coisa era demasiado fácil nós não andávamos a espalhar aos sete ventos o quão fácil era, porque certamente haveria um difícil a caminho. Verdade seja dita também nunca havia nada fácil, especialmente os exames.

E já agora, que tipo de alunos anda o país a produzir? Fazem-se exames de ano para ano mais fáceis porquê? É com o medo de que o abandono escolar aumente e os nossos números sejam maiores do que os da União Europeia? É para mostrar ao mundo que o nosso sistema educacional resulta e temos grandes percentagens de alunos no ensino secundário? 

Espera-se que o ensino superior não comece a dar facilidades destas. Se for para dar avisem-me que eu congelo a minha matricula e apresento a minha tese quando for mais fácil!

Talvez eu seja obsceno então!

por António, em 21.05.14

Por entre as mais diversas histórias e estórias que no meu feed do facebook apareciam houve uma que me cativou especial atenção e mais ainda quando li aquelas simples palavras. O conceito do obsceno no facebook.

Antes de ler o texto da Ana pensei no que realmente seria o obsceno. Questionei-me sobre o que será a obscenidade no seio de uma rede utilizada diariamente por milhões de pessoas das mais variadas culturas. É certo que todos temos diferentes percepções do que é ou não obsceno. Aquilo que eu posso considerar arte pode ofender a sensibilidade de outra pessoa? É possível. Assim como há movimentos anti filmes e tentativas de moções de censura a livros por parte de grupos mais conservadores. 

Confesso que nestas lides sou um liberalista e não consigo compreender o que é que a estátua David de Michelangelo ou dois frames de um filme em que duas raparigas exprimem livremente a sua homossexualidade causa tamanha indignação às pessoas. 

Para mim é mais chocante que crianças de 13 anos (ou por aí) adicionem fotografias quase despidas. É mais chocante as conversas que se vê no perfil das mesmas com homens com idade para serem pais delas. 

Mas talvez seja eu quem está errado. Talvez ser pais aos 14 anos seja normal e a homossexualidade não. Talvez a nudez de uma adolescente na internet seja normal e a escultura de um homem despido com mais de 500 anos não. Talvez uma adolescente menor "namorar" com alguém com mais de 30 anos seja normal e um livro ou um filme com conteúdo mais erótico ou que põe em causa certas crenças não.

Desculpem-me o desabafo, mas há certas coisas nesta sociedade que por mais anos que viva não vou compreender. Toda a gente é livre de aceitar ou não as coisas, não precisam é de tentar impingir a crença pessoal aos outros. Se não concordam com o conteúdo de uma página no facebook não dão "gosto", não seguem. Simples!

 

(P.S.: Perdoem-me os sexismos, são apenas modos de comparação já que o mesmo se aplica aos dois sexos).

Nós já estamos fartos da Nos!

por António, em 20.05.14

A fusão (ou lá o que lhe queiram chamar) entre a Zon e a Optimus acarretou grandes mudanças na nossa vida!

Começando pela Optimus que acabou com o meu serviço de internet - que tinha um preço muito bom e uma velocidade simpática - com uma carta a menos de um mês da data final e as alternativas que me apresentou, com "desconto de cliente", ficavam muito perto do dobro do preço ou então não me pareceram confiáveis.

Quanto à Zon nada a apontar, porque nunca fui cliente! Mas fico feliz porque já não haver constantemente uma linha a separar isto e aquilo e uns chineses a dizer Ilís.

Nesta nova marca, a Nos, percebe-se (demasiado até!) que estão cheios de dinheiro para esbanjar. Conseguiram, nas primeiras 48 horas de existência, repetir mais vezes o vídeo publicitário por canal do que os filmes na TVI. Não se pode dizer que falte qualidade ao anúncio - se bem que não se corta daquela forma uma música dos Queen - mas repetido até ao limite da exaustão chateia. 

Conseguiram na TVI (confesso que não sei se nos outros canais também) entrar nas duas novelas da noite em simultâneo para mostrar a festa de arromba que deram para apresentação da nova marca, espalharam-se mais do que um vírus por toda a internet. Conseguiram até uma publicidade na pagina de entrada do facebook que são raras e, compreensivamente, dispendiosas.

Com isto tudo não consigo perceber o que querem mostrar se "somos novos aqui" ou "somos os ricos daqui"!

Acabaram com duas marcas conhecidas e conceituadas dos portugueses para uma marca que ninguém conhece e que de forma alguma vão associar às duas pré existentes. Tem pela frente uma marca como a Meo com mais bagagem, uma melhor exploração da mudança de marca e claramente uma melhor visão de escolha na publicidade. 

Não estou a perceber muito bem o que é que eles pretendem. Os preços não ficam aquém da competição, o serviço não melhorou de certeza, a imagem de marca parece-me o rebordo de um prato e a publicidade chateia quase tanto como a linha que separa as coisas.

Decidam-se e reduzam lá a carga publicitária, porque que sinceramente, nós já estamos fartos da Nos!