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Perhaps não são ervilhas!

Se tudo na vida fosse perfeito não havia talvez. E perhaps eram ervilhas...

Talvez eu seja obsceno então!

por António, em 21.05.14

Por entre as mais diversas histórias e estórias que no meu feed do facebook apareciam houve uma que me cativou especial atenção e mais ainda quando li aquelas simples palavras. O conceito do obsceno no facebook.

Antes de ler o texto da Ana pensei no que realmente seria o obsceno. Questionei-me sobre o que será a obscenidade no seio de uma rede utilizada diariamente por milhões de pessoas das mais variadas culturas. É certo que todos temos diferentes percepções do que é ou não obsceno. Aquilo que eu posso considerar arte pode ofender a sensibilidade de outra pessoa? É possível. Assim como há movimentos anti filmes e tentativas de moções de censura a livros por parte de grupos mais conservadores. 

Confesso que nestas lides sou um liberalista e não consigo compreender o que é que a estátua David de Michelangelo ou dois frames de um filme em que duas raparigas exprimem livremente a sua homossexualidade causa tamanha indignação às pessoas. 

Para mim é mais chocante que crianças de 13 anos (ou por aí) adicionem fotografias quase despidas. É mais chocante as conversas que se vê no perfil das mesmas com homens com idade para serem pais delas. 

Mas talvez seja eu quem está errado. Talvez ser pais aos 14 anos seja normal e a homossexualidade não. Talvez a nudez de uma adolescente na internet seja normal e a escultura de um homem despido com mais de 500 anos não. Talvez uma adolescente menor "namorar" com alguém com mais de 30 anos seja normal e um livro ou um filme com conteúdo mais erótico ou que põe em causa certas crenças não.

Desculpem-me o desabafo, mas há certas coisas nesta sociedade que por mais anos que viva não vou compreender. Toda a gente é livre de aceitar ou não as coisas, não precisam é de tentar impingir a crença pessoal aos outros. Se não concordam com o conteúdo de uma página no facebook não dão "gosto", não seguem. Simples!

 

(P.S.: Perdoem-me os sexismos, são apenas modos de comparação já que o mesmo se aplica aos dois sexos).

Por entre modas!

por António, em 02.04.14

As tendências nas redes sociais multiplicam-se a uma velocidade que quase não dá para acompanhar. Modas como o planking - que consistia em ficar deitado em locais públicos -, as selfies - tirar uma foto a si próprio ou em grupo onde alguem segura na câmara -, as belfies - que tem por objectivo tirar uma foto do próprio rabo -, ou uma das mais recentes, que teve grande impacto entre os mais jovens, fotografar ou deixar-se fotografar bebado, estão já ultrapassadas. Neste momento a hashtag (#) mais comum no instagram é o #aftersex.

 

 

(foto instagram)

Como o próprio nome indica, esta prática consiste em fotografar-se, sozinho(a) ou acompanhado(a), depois do sexo. Ora isto levanta uma série de questões sobretudo acerca da privacidade, acerca dos limites entre o público e o pessoal. 

Não vou considerar esta prática como certa ou errada, porque antes de tudo primo pela liberdade de cada um e todos somos livres de nos expôr-mos da forma que melhor nos convém. O grande problema desta, e outras práticas semelhantes, é que - pelo menos em Portugal - há muito poucas leis que regulem a internet e a colocação de imagens, o que traduzindo significa que as imagens próprias que são carregadas para as redes sociais não tem qualquer direito, podendo por isso ser utilizadas e reproduzidas em qualquer meio, revelando apenas a fonte. 

Se algum lado positivo tem esta moda é, na minha opinião, que entre as fotos com esta hashtag encontram-se bastantes fotos de casais homossexuais. É bom ver que cada vez mais as pessoas perdem preconceitos.

Argumentação irrefutável!

por António, em 01.02.14

Esta senhora, que ao que parece fez uma petição contra o casamento por parte de casais homossexuais, apresentou, à parte das assinaturas, o argumento que faz com que todos os portugueses aceitem e defendam não só o fim do casamento, como o referendo à co-adoção. Tudo isto porque o casaco que a senhora veste é verde! Ora, com um argumento de tal nível, aliado a um notório daltonismo não deixa margem para dúvidas. É caso para dizer que com argumentos deste gabarito os nossos governantes teriam muito mais credibilidade. 

Apoio, mais do que o referendo a nomeação da dona Isilda, que consegue 5.000 assinaturas e não consegue mais porque não quer, (nota-se já que não é gananciosa) a primeiro-ministro!!!