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Perhaps não são ervilhas!

Se tudo na vida fosse perfeito não havia talvez. E perhaps eram ervilhas...

Não somos todos macacos...

por António, em 05.05.14

Durante o jogo do principal escalão do futebol espanhol onde o Villareal recebeu o Barcelona uma banana foi atirada para o campo. Banana que o brasileiro Daniel Alves recolheu, descascou e comeu. Nas redes sociais o compatriota e também jogador dos "blaugrana", Neymar, impulsionou o movimento a que chamou #somostodosmacacos, que contou com milhares de publicações a incluirem a hashtag.

Ora esta iniciativa não foi assim tão espontânea como se fez acreditar. Já em março um adepto terá atirado para dentro de campo o mesmo fruto ao que Neymar, questionado sobre o assunto terá dito que se visse a banana a comeria. Segundo a revista Veja, as declarações iluminaram os criativos de uma agência de publicidade que preparou toda a artimanha desde o atirar do fruto até ao movimento #somostodosmacacos.

Seria uma extraordinária resposta se tivesse sido um movimento espontâneo, se tudo isto fosse inocente. Mas raramente há inocência nestas coisas, mais quando inclui nomes que figuram entre os mais sonantes do panorama desportivo mundial. É tudo criado com sentido de dar nas vistas e aumentar a reputação deste ou daquele jogador associado sempre a uma equipa. E quando há nomes que sugerem demasiados milhões dificilmente há inocência envolvida.

O caso do racismo no desporto é demasiado grande para que uma destas campanhas possa demover tais atos. A questão do racismo, e não me refiro apenas à cor da pele, deve ser combatida dentro do próprio desporto. A boca de um adepto não magoa metade do que magoa a boca de um companheiro de profissão. Primeiro imponham-se regras de punição exemplar para quem pratica atos racistas, deixem que os desportistas se sintam seguros com a certeza de que não serão insultados dentro do seu recinto de trabalho, depois pensem em campanhas para os adeptos. Enquanto que, por exemplo, houver pressão para que os jogadores homossexuais não revelem a sua orientação sexual para bem da própria imagem e da imagem do clube, não se pode pedir aos adeptos que sejam pessoas melhores!

Podem acusar-me de tudo menos de racismo, mas neste caso não. Não somos todos macacos!

Por entre modas!

por António, em 02.04.14

As tendências nas redes sociais multiplicam-se a uma velocidade que quase não dá para acompanhar. Modas como o planking - que consistia em ficar deitado em locais públicos -, as selfies - tirar uma foto a si próprio ou em grupo onde alguem segura na câmara -, as belfies - que tem por objectivo tirar uma foto do próprio rabo -, ou uma das mais recentes, que teve grande impacto entre os mais jovens, fotografar ou deixar-se fotografar bebado, estão já ultrapassadas. Neste momento a hashtag (#) mais comum no instagram é o #aftersex.

 

 

(foto instagram)

Como o próprio nome indica, esta prática consiste em fotografar-se, sozinho(a) ou acompanhado(a), depois do sexo. Ora isto levanta uma série de questões sobretudo acerca da privacidade, acerca dos limites entre o público e o pessoal. 

Não vou considerar esta prática como certa ou errada, porque antes de tudo primo pela liberdade de cada um e todos somos livres de nos expôr-mos da forma que melhor nos convém. O grande problema desta, e outras práticas semelhantes, é que - pelo menos em Portugal - há muito poucas leis que regulem a internet e a colocação de imagens, o que traduzindo significa que as imagens próprias que são carregadas para as redes sociais não tem qualquer direito, podendo por isso ser utilizadas e reproduzidas em qualquer meio, revelando apenas a fonte. 

Se algum lado positivo tem esta moda é, na minha opinião, que entre as fotos com esta hashtag encontram-se bastantes fotos de casais homossexuais. É bom ver que cada vez mais as pessoas perdem preconceitos.