...e há outros que precisam de muito mais para ver se alguém lê os seus livros!
"Pergunto-me se um homem que nunca fodeu pode ser um bom escritor". Foi este um dos comentários que António Lobo Antunes proferiu (em entrevista) acerca de Fernando Pessoa. Ora, senhor Antunes, se foder é um requisito mínimo para se ser bom escritor, o que não faltava aí eram poetas!!! (A julgar pela sua aparência e vivacidade os seus anos de bom escritor também já devem ter passado)...
Confesso que não sou um leitor assíduo de Lobo Antunes, nem tenho a certeza se alguma vez li alguma coisa dele. Mas de uma coisa tenho a certeza, nem nesta nem em qualquer outra vida ele será melhor escritor que o Fernando Pessoa!
A opinião dele vale o que vale, pode ser muito bom escritor e tudo mais, mas acho que não é preciso criticar-se os outros para ter visibilidade!
Acho que se a obra de Lobo Antunes estiver ao nível da sua sanidade mental não me parece que estou a perder nada em termos de literatura!
Como se pode sentir algo tão forte que não tem por si uma definição? Como se pode dizer que se ama alguém quando ninguém saber o que é amar? A minha definição de amar pode ser - e é - diferente de outros. Cada um sabe então o que é amar à sua maneira. Se eu amo de uma forma e a pessoa que me ama o faz de forma diferente, amar não pode então ser real, tem de ser então apenas uma ideia nossa, um conceito diferente.
"Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém, É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa" (Fernando Pessoa, O Livro do desassossego)
Talvez o amor seja apenas uma ilusão. Certamente não é aquilo que se vê. Amar tem de ser mais do que isso, tem de ser perfeito, tem de ser tão forte que apenas e para sempre o sentimento nos preencha sem necessidade de mais.
Amar é uma forma de loucura, e de certa forma eu sempre fui louco!