Eu tenho tanto e tanto que ler e escrever, mas cada vez que começa um jogo do mundial não consigo produzir nada. Estava com uma linha de raciocínio brutal, a escrever a uma velocidade estonteante (e a apagar também) quando me apercebi estão Itália e Costa Rica a jogar. Pronto, lá se foi a velocidade!
Realizou-se esta terça-feira o exame nacional de Língua Portuguesa do 9º ano e como já é comum os jornalistas vão para a porta das escolas saber como correu.
Geralmente os alunos queixam-se da dificuldade dos exames e que Os Lusíadas ou O Auto da Barca do Inferno são textos muito complicados e que nem deviam estar no programa e tal. Desta vez não houve textos e surpresa das surpresas, os alunos queixaram-se da falta que as obras fazem ao exame. Suponho que faziam questão de interpretar os autores que integram o plano de estudos do 9º ano e foi-lhes negado tal prazeroso deleite!
Por entre as queixas os alunos afirmaram ainda que a gramática era demasiado fácil e segundo afirmou uma das alunas ao JN "estudei bué horas, revi a gramática toda e, afinal, as perguntas eram muito fáceis. Até um aluno do 6.º ano conseguia responder a este exame". E eu que já não conseguia imaginar coisa mais fácil do que o exame do ano que passou.
Ora no meu tempo quando uma coisa era demasiado fácil nós não andávamos a espalhar aos sete ventos o quão fácil era, porque certamente haveria um difícil a caminho. Verdade seja dita também nunca havia nada fácil, especialmente os exames.
E já agora, que tipo de alunos anda o país a produzir? Fazem-se exames de ano para ano mais fáceis porquê? É com o medo de que o abandono escolar aumente e os nossos números sejam maiores do que os da União Europeia? É para mostrar ao mundo que o nosso sistema educacional resulta e temos grandes percentagens de alunos no ensino secundário?
Espera-se que o ensino superior não comece a dar facilidades destas. Se for para dar avisem-me que eu congelo a minha matricula e apresento a minha tese quando for mais fácil!
Não gosto nada de relações "melosas", aquele tipo de namoros em que as pessoas perdem os nomes e em substituição ganham alcunhas, geralmente com terminações diminutivas. É "girafinha", "pipoquinha", "princesa", "princípe", "bonequinha", entre uma barbaridade de outros nomes.
Não estou a dizer que chamar um nome fofo de vez em quando seja mau, mas sempre que se falam? Por favor! Não precisamos de andar na rua e ouvir a "pirosice" (não estou certo que esta palavra exista) de casais a conversar numa linguagem no mínimo infantil. Ou pior, não é preciso que se ouçam telefonemas nesse mesmo tom.
Já cheguei a assistir a homens com aquela pose superior, a perderem todo o sentido assim que abriram a boca para atender o telefone. Guardem para a intimidade esse tipo de conversas.
As pessoas tem nome e não o perdem por estar numa relação. Não é por chamar nomes "queridos" que se ama mais a outra pessoa. Percebam que não transparecem a imagem de um casal unido e amoroso, mas sim o de um namoro de miúdos, de pitalhice. Sentir a necessidade de ser chamado de uma alcunha amorosa é necessidade de atenção e uma relação não é uma desculpa para não estar sozinho. Tirem mel a isso! Por favor...
Já tardava em chegar uma moda nova ao Facebook. Mas eis que chegou e em força!
Agora as pessoas veem-se em todo lado, é na biblioteca, é no comboio, no autocarro. Depois vão contar as histórias ou estórias para toda a gente ler e acreditar que o amor é um conto de fadas que acontece como nos romances de Nicholas Sparks e que é muito triste quando aqueles olhares ardentes e carinhosos se cruzaram numa viagem de autocarro, comboio, metro ou na biblioteca, não terminam num romance ardente e lascivo.
É normal as pessoas verem-se nos autocarros ou comboios, as viagens demoram muitas horas e nem sempre há como matar esse tempo e há certamente alguém que nos prende um pouco mais a atenção, no big deal! Então quando se está na biblioteca a estudar várias horas seguidas até o olhar da funcionária que arruma os livros há 20 anos é uma alegria.
Não é por se trocar uns olhares num metro apinhado de gente que vai nascer dali um romance eterno e cheio de corações, nunca pensaram que a pessoa pode não poder olhar para outro lado? Às vezes vão pessoas mal cheirosas no metro!
No meio de tanta gente que se viu, o que me faz mais sentido mesmo é o Vi-te no banco traseiro do meu carro. Haverá certamente mais amores que começaram nesse recondito espaço do que no autocarro, comboio ou bibliotecas...
Com a ajuda das sugestões do inspira-me decidi fazer a lista de chatices. Nesta lista tenho apenas 10 coisas que me chateiam, mas a lista é muito maior, com o tempo publicarei mais listas.
1. Acordar cedo! Não há nada pior que acordar cedo, especialmente porque nunca me deito antes das 4 da manhã...
2. Acordar antes do despertador. Aquela sensação horrível de acordar 1 hora (ou o tempo que for) antes do despertador, pensar "ainda tenho 1 hora para dormir" e quando estou mesmo a adormecer de novo o despertador acorda-me.
3. Pior do que chatear, irrita-me quando as pessoas começam a fazer muitos planos para uma coisa. Complicam as coisas fáceis. Sejam práticos!
4. Odeio quando está alguma coisa marcada e à ultima da hora as pessoas desmarcam!
5. Que as pessoas não sejam pontuais e me arrastem por tabela. Quando um não é pontual é problema seu, agora, não tenho de ser arrastado para essa falta de pontualidade!
6. Ninguém ganha iphones ou o que quer que seja por gostar de páginas que levam a ligações e mais não sei o que que prometem iphones. Por isso, parem de fazer pedidos para gostar de 1001 páginas.
7. Condutores que não ligam as luzes do carro quando está a chover.
8. "Domingueiros"
9. A televisão portuguesa ao domingo à tarde!
10. E por fim, quando tenho alguma coisa realmente importante para fazer e aparecem dezenas de outras coisa que não são importantes mas tem de ser feitas!