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Perhaps não são ervilhas!

Se tudo na vida fosse perfeito não havia talvez. E perhaps eram ervilhas...

Quanto pesa o amor?

por António, em 09.06.14

Em Paris são cerca de 93 toneladas...mas aos poucos ele cai!

Mural da Liberdade...

por António, em 13.04.14

A SIC encontrou, na minha perspectiva, uma forma diferente de mostrar a liberdade dos nossos dias. Ao longo do mês de Abril, e a cada sábado, passam as histórias de oito pessoas (duas por semana), que contam várias formas de se ser livre 40 anos depois do 25 de Abril de '74. 

Daniel Cardoso é poliamoroso, ou seja, mantém relações consentidas com várias companheiras. A sua concepção de família é diferente do que é considerado tradicional, mas no entanto não considera a sua "constelação familiar" muito diferente do casamento, apenas implica mais do que duas pessoas. 

Na realidade a monogamia não é um compromisso maior do que a poligamia, muito menos uma maior prova de amor. A liberdade conquistou-se para que todos sejam livres de fazer as suas escolhas, de viver aquilo que nos faz felizes. A liberdade é ter o direito de conquistar a igualdade na diferença. Sejamos então iguais, livres e diferentes sempre com a consciência de que muitos lutaram, foram torturados e morreram pela liberdade, pela democracia. Afinal sem democracia e liberdade nenhum de nós estava aqui a escrever...

Tirem mel!!!

por António, em 29.03.14

Não gosto nada de relações "melosas", aquele tipo de namoros em que as pessoas perdem os nomes e em substituição ganham alcunhas, geralmente com terminações diminutivas. É "girafinha", "pipoquinha", "princesa", "princípe", "bonequinha", entre uma barbaridade de outros nomes. 

Não estou a dizer que chamar um nome fofo de vez em quando seja mau, mas sempre que se falam? Por favor! Não precisamos de andar na rua e ouvir a "pirosice" (não estou certo que esta palavra exista) de casais a conversar numa linguagem no mínimo infantil. Ou pior, não é preciso que se ouçam telefonemas nesse mesmo tom. 

Já cheguei a assistir a homens com aquela pose superior, a perderem todo o sentido assim que abriram a boca para atender o telefone. Guardem para a intimidade esse tipo de conversas.

As pessoas tem nome e não o perdem por estar numa relação. Não é por chamar nomes "queridos" que se ama mais a outra pessoa. Percebam que não transparecem a imagem de um casal unido e amoroso, mas sim o de um namoro de miúdos, de pitalhice. Sentir a necessidade de ser chamado de uma alcunha amorosa é necessidade de atenção e uma relação não é uma desculpa para não estar sozinho. Tirem mel a isso! Por favor...

O beijo (Inspira-me #4)

por António, em 20.03.14

Não havia ninguém, ou talvez não me recorde de ver pessoas, eras só tu naquele dia. Caminhamos sem um destino de antemão, a minha timidez toldava-me as decisões, mas a ti nada parecia perturbar-te, emanavas confiança enquanto eu por dentro tremia. Acabamos sentados perdidos algures entre o verde do chão e o castanho das folhas caídas, com uma réstia do rio (o Minho) a desenhar-se entre margens. Falamos sobre tudo, sobre quem teríamos sido, sobre quem queriamos ser e falamos e falamos até que suavemente - como a câmara lenta - os nossos lábios se encontraram. Talvez por não acreditares numa relação longa o beijo não foi sôfrego, mas tinha paixão, sentimento, vontade. O que pareceram poucos minutos desenhou-se durante horas. Os nossos lábios dançavam juntos ao som de uma música só nossa. E não eram doces, não eram frescos ou suaves, eram apenas perfeitos porque eram teus. Ali, naquela muralha (de Valença) onde se travaram guerras, travei eu batalhas contra mim mesmo enquanto tu parecias divertida. Ali, onde nos defendemos dos invasores espanhóis, conquistavas o pouco que restava de mim já sem defesas. Quando nos despedimos foi com um rápido beijo de fugida, mas já nada podia fazer esquecer aquele momento e fui embora com um sorriso parvo na cara, sem me cruzar com ninguém pela rua, ou talvez não me recorde de ver pessoas, eras só tu naquele dia...

Amar não é real...

por António, em 08.02.14

Como se pode sentir algo tão forte que não tem por si uma definição? Como se pode dizer que se ama alguém quando ninguém saber o que é amar? A minha definição de amar pode ser - e é - diferente de outros. Cada um sabe então o que é amar à sua maneira. Se eu amo de uma forma e a pessoa que me ama o faz de forma diferente, amar não pode então ser real, tem de ser então apenas uma ideia nossa, um conceito diferente.

"Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém, É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa" (Fernando Pessoa, O Livro do desassossego)

 

Talvez o amor seja apenas uma ilusão. Certamente não é aquilo que se vê. Amar tem de ser mais do que isso, tem de ser perfeito, tem de ser tão forte que apenas e para sempre o sentimento nos preencha sem necessidade de mais.

Amar é uma forma de loucura, e de certa forma eu sempre fui louco!