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Perhaps não são ervilhas!

Se tudo na vida fosse perfeito não havia talvez. E perhaps eram ervilhas...

Século XXI?

por António, em 27.05.14

Farzana Iqbal, 25 anos, grávida de três meses, foi apedrejada até à morte por membros da sua família, incluindo o próprio pai, quando esperava para ser ouvida em tribunal esta terça-feira. A mulher é uma das várias centenas que morrem anualmente vítimas dos chamados “crimes de honra”. Neste caso, Farzana casou-se com um homem que não foi escolhido pela sua família.

Farzana esperava pela abertura do tribunal na cidade de Lahore, quando foi cercada por um grupo de cerca de 20 homens, entre eles o pai, dois irmãos e um antigo noivo. Os homens começaram a apedrejá-la com tijolos e pedras e após vários ferimentos sofridos a mulher caiu inanimada. A sua morte foi declarada pouco depois no hospital, indicou à Reuters Umer Cheema, um responsável da polícia local.

Com a chegada das autoridades, apenas o pai de Farzana foi interceptado e interrogado. À polícia o homem admitiu ter contribuído para a morte da filha, que resultou de uma questão de honra da família. Muitos paquistaneses acreditam que quando uma mulher se casa com alguém de sua escolha desonra os seus familiares.

Segundo Umer Cheema, a paquistanesa chegou a estar noiva de um primo, para um casamento arranjado pela família, mas recusou a imposição e decidiu casar-se com o homem que amava. O marido de Farzana acabou por ser acusado do rapto da jovem e esta terça-feira esta preparava-se para testemunhar em tribunal e negar a versão da família, indicou o seu advogado, Rao Mohammad Kharal, à AFP.

Este é um dos perto de mil casos de mortes que se registam todos os anos no Paquistão justificadas com a necessidade de honrar a família. Segundo o grupo activista pela defesa dos direitos humanos Aurat Foundation, o número de mulheres assassinadas pela própria família deverá ser superior, já que os casos registados foram todos reunidos com base em notícias.

O Governo paquistanês não tem quaisquer estatísticas sobre estes casos e são poucas as vezes em que chegam a tribunal. Quando chegam a uma sala de audiência, os processos prolongam-se durante meses ou mesmo anos. Mesmo que haja uma condenação, é raro que o acusado seja punido, porque a legislação do país permite à família da vítima perdoar o seu homicida. Na maioria dos casos, a mulher e o homicida têm uma relação familiar. In Público

Preguiçoso!

por António, em 25.05.14

Amanhã escrevo, hoje estou com preguiça.

Gosto da Nos sem gostar!

por António, em 22.05.14

Aos poucos dias de existência a nova marca, NOS, conta já com mais de 1 milhão de gostos. Caso estranho já que não é, certamente, graças à extraordinária estratégia de marketing que as pessoas vão por gosto na página da marca. A marca já explicou o que terá acontecido: "Dado o desaparecimento das marcas Zon e Optimus e de forma a permitir aos seus seguidores continuarem a receber novidades, promoções e passatempos, foi criada a nova página NOS. Todos os seguidores que tinham “gosto” nas antigas páginas Optimus, Zon Life, Zon Futebol, Zon North Canyon, Zon Kids e ZON@fon foram unidos nesta nova página, que manterá o mesmo tipo e frequência de conteúdos." Ainda assim os utilizadores da rede estão a deixar mensagens de protesto na página da marca e a retirar o "gosto" que nunca deram. Provavelmente haverá por aí quem, à minha semelhança, tem gosto na tal página (NOS Portugal) sem o saber.

Talvez eu seja obsceno então!

por António, em 21.05.14

Por entre as mais diversas histórias e estórias que no meu feed do facebook apareciam houve uma que me cativou especial atenção e mais ainda quando li aquelas simples palavras. O conceito do obsceno no facebook.

Antes de ler o texto da Ana pensei no que realmente seria o obsceno. Questionei-me sobre o que será a obscenidade no seio de uma rede utilizada diariamente por milhões de pessoas das mais variadas culturas. É certo que todos temos diferentes percepções do que é ou não obsceno. Aquilo que eu posso considerar arte pode ofender a sensibilidade de outra pessoa? É possível. Assim como há movimentos anti filmes e tentativas de moções de censura a livros por parte de grupos mais conservadores. 

Confesso que nestas lides sou um liberalista e não consigo compreender o que é que a estátua David de Michelangelo ou dois frames de um filme em que duas raparigas exprimem livremente a sua homossexualidade causa tamanha indignação às pessoas. 

Para mim é mais chocante que crianças de 13 anos (ou por aí) adicionem fotografias quase despidas. É mais chocante as conversas que se vê no perfil das mesmas com homens com idade para serem pais delas. 

Mas talvez seja eu quem está errado. Talvez ser pais aos 14 anos seja normal e a homossexualidade não. Talvez a nudez de uma adolescente na internet seja normal e a escultura de um homem despido com mais de 500 anos não. Talvez uma adolescente menor "namorar" com alguém com mais de 30 anos seja normal e um livro ou um filme com conteúdo mais erótico ou que põe em causa certas crenças não.

Desculpem-me o desabafo, mas há certas coisas nesta sociedade que por mais anos que viva não vou compreender. Toda a gente é livre de aceitar ou não as coisas, não precisam é de tentar impingir a crença pessoal aos outros. Se não concordam com o conteúdo de uma página no facebook não dão "gosto", não seguem. Simples!

 

(P.S.: Perdoem-me os sexismos, são apenas modos de comparação já que o mesmo se aplica aos dois sexos).

Nós já estamos fartos da Nos!

por António, em 20.05.14

A fusão (ou lá o que lhe queiram chamar) entre a Zon e a Optimus acarretou grandes mudanças na nossa vida!

Começando pela Optimus que acabou com o meu serviço de internet - que tinha um preço muito bom e uma velocidade simpática - com uma carta a menos de um mês da data final e as alternativas que me apresentou, com "desconto de cliente", ficavam muito perto do dobro do preço ou então não me pareceram confiáveis.

Quanto à Zon nada a apontar, porque nunca fui cliente! Mas fico feliz porque já não haver constantemente uma linha a separar isto e aquilo e uns chineses a dizer Ilís.

Nesta nova marca, a Nos, percebe-se (demasiado até!) que estão cheios de dinheiro para esbanjar. Conseguiram, nas primeiras 48 horas de existência, repetir mais vezes o vídeo publicitário por canal do que os filmes na TVI. Não se pode dizer que falte qualidade ao anúncio - se bem que não se corta daquela forma uma música dos Queen - mas repetido até ao limite da exaustão chateia. 

Conseguiram na TVI (confesso que não sei se nos outros canais também) entrar nas duas novelas da noite em simultâneo para mostrar a festa de arromba que deram para apresentação da nova marca, espalharam-se mais do que um vírus por toda a internet. Conseguiram até uma publicidade na pagina de entrada do facebook que são raras e, compreensivamente, dispendiosas.

Com isto tudo não consigo perceber o que querem mostrar se "somos novos aqui" ou "somos os ricos daqui"!

Acabaram com duas marcas conhecidas e conceituadas dos portugueses para uma marca que ninguém conhece e que de forma alguma vão associar às duas pré existentes. Tem pela frente uma marca como a Meo com mais bagagem, uma melhor exploração da mudança de marca e claramente uma melhor visão de escolha na publicidade. 

Não estou a perceber muito bem o que é que eles pretendem. Os preços não ficam aquém da competição, o serviço não melhorou de certeza, a imagem de marca parece-me o rebordo de um prato e a publicidade chateia quase tanto como a linha que separa as coisas.

Decidam-se e reduzam lá a carga publicitária, porque que sinceramente, nós já estamos fartos da Nos!

Este tempo...

por António, em 19.05.14

Acordei mais cansado do que quando me deitei. Acordei com uma moleza corporal e preguicite aguda. 

A culpa é desta chuva!

Uns dias de ausência!

por António, em 16.05.14

Estive ausente uns tempos - se é que alguém reparou - e não deve ser díficil perceber qual foi a causa deste meu desvio do mundo virtual para quem leu o post anterior. Estive por Coimbra para viver um pouco aquela que penso ser a minha última queima enquanto estudante. 

Por Coimbra não tinha acesso à internet por isso estive um pouco à parte do blog. Mas a maior justificação foi mesmo a parte em que o tempo se tornava escasso já para sair e dormir. Tenho a lamentar a rapidez com que estas festas passam, a escassez monetária para tudo lá pelo meio e as calças do meu traje que não sobreviveram ao cortejo.

Entretanto ainda tenho algum sono para pôr em dia, por isso, haverá poucos posts nos próximos dias (ou talvez nenhum, já que o meu serviço de internet acaba a qualquer momento e tenho de esperar que a nova operadora venha cá a casa instalar a rede!).

Despedida...

por António, em 08.05.14


Algures no mês de setembro de um qualquer passado ano que se pode recordar como se ontem mesmo tivesse acontecido, e à semelhança de centenas de outras histórias, fiquei eu, sozinho numa cidade desconhecida e onde não conhecia ninguém. Abandonado à minha timidez e resignado a uma espécie de sentido de missão fiquei ali. A centenas de quilómetros de casa. Desabafando por entre mensagens de texto e distraindo com um ou outro filme. Mas a noite tinha demasiadas horas. 

Entretanto as pessoas foram aparecendo, umas melhores, outras piores e outras para ficar. Fui aprendendo a conhecer o que me rodeia e quem me rodeia. Fiz amizades que não creio serem possíveis de destruir. Conheci pessoas desprezíveis e pessoas formidáveis. Amei como quem ama amigos, amei como quem ama irmãos. Dei tudo o que podia por quem mereceu, porque deram sempre mais por mim. 

E hoje, no dia em que nas escadas da Sé Velha de Coimbra milhares se despedem desta vida, eu estarei entre eles recordando todos os grandes momentos e as pessoas que fizeram com que a minha vida académica fosse como foi. Todos os agradecimentos são curtos para todos estes anos de sincera felicidade. 

Com um carinho especial recordo todas as pessoas que passaram pala minha vida durante a minha licenciatura em Viseu. Com o mesmo carinho recordo os que no mestrado em Coimbra me receberam e me integraram em já existentes círculos de amizades.

A vós levanto mais uma vez o meu copo. Um brinde às boas pessoas por todos os momentos, às más por me ensinarem a crescer e aos que hoje comigo erguem o copo, por cá estarem!

O vídeo contra a internet que se tornou viral...

por António, em 06.05.14

Na era em que o mundo é dominado pelo digital, onde as redes sociais determinam a vida de cada um, onde os dispositivos móveis carregados de aplicações para tudo e algo mais fazem parte do normal dos nossos dias, surge um vídeo que alerta para os perigos deste tipo de vida. A mensagem em forma de poema avisa para as oportunidades que nos escapam entre os dedos por estarmos numa constante relação com a vida na rede.

Talvez não seja tudo assim tão linear quanto o vídeo nos faz acreditar. De qualquer maneira vale a pena ver! 

Não somos todos macacos...

por António, em 05.05.14

Durante o jogo do principal escalão do futebol espanhol onde o Villareal recebeu o Barcelona uma banana foi atirada para o campo. Banana que o brasileiro Daniel Alves recolheu, descascou e comeu. Nas redes sociais o compatriota e também jogador dos "blaugrana", Neymar, impulsionou o movimento a que chamou #somostodosmacacos, que contou com milhares de publicações a incluirem a hashtag.

Ora esta iniciativa não foi assim tão espontânea como se fez acreditar. Já em março um adepto terá atirado para dentro de campo o mesmo fruto ao que Neymar, questionado sobre o assunto terá dito que se visse a banana a comeria. Segundo a revista Veja, as declarações iluminaram os criativos de uma agência de publicidade que preparou toda a artimanha desde o atirar do fruto até ao movimento #somostodosmacacos.

Seria uma extraordinária resposta se tivesse sido um movimento espontâneo, se tudo isto fosse inocente. Mas raramente há inocência nestas coisas, mais quando inclui nomes que figuram entre os mais sonantes do panorama desportivo mundial. É tudo criado com sentido de dar nas vistas e aumentar a reputação deste ou daquele jogador associado sempre a uma equipa. E quando há nomes que sugerem demasiados milhões dificilmente há inocência envolvida.

O caso do racismo no desporto é demasiado grande para que uma destas campanhas possa demover tais atos. A questão do racismo, e não me refiro apenas à cor da pele, deve ser combatida dentro do próprio desporto. A boca de um adepto não magoa metade do que magoa a boca de um companheiro de profissão. Primeiro imponham-se regras de punição exemplar para quem pratica atos racistas, deixem que os desportistas se sintam seguros com a certeza de que não serão insultados dentro do seu recinto de trabalho, depois pensem em campanhas para os adeptos. Enquanto que, por exemplo, houver pressão para que os jogadores homossexuais não revelem a sua orientação sexual para bem da própria imagem e da imagem do clube, não se pode pedir aos adeptos que sejam pessoas melhores!

Podem acusar-me de tudo menos de racismo, mas neste caso não. Não somos todos macacos!

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